Braga Netto quebra o silêncio
O general Braga Netto, que ocupou o cargo de interventor federal de Segurança Pública do Rio de Janeiro, esclareceu que a responsabilidade pela nomeação do delegado Rivaldo Barbosa, detido em relação ao assassinato da vereadora Marielle Franco, recaiu sobre o general Richard Nunes, à época secretário de Segurança Pública do RJ.
A declaração de Braga Netto veio a público por meio de uma nota após o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, revelar a intenção da instituição de investigar como ocorreu a nomeação de Rivaldo Barbosa em março de 2018. Braga Netto, designado por Michel Temer, atuou como interventor do RJ de março de 2018 até 1º de janeiro de 2019.
Segundo o comunicado, a escolha para cargos na Polícia Civil era tarefa de Richard Nunes.
Braga Netto complementou explicando que, devido a procedimentos administrativos, a formalização das nomeações cabia ao interventor federal, que, na prática, exercia funções equivalentes às de um governador em questões de segurança pública no RJ.
O inquérito da Polícia Federal que fundamentou as solicitações de prisão indicou que a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro havia desaconselhado a nomeação de Rivaldo Barbosa. Contudo, o general Richard Nunes optou por sua nomeação. Nunes justificou sua decisão durante depoimento, alegando que a contraindicação da Subsecretaria de Inteligência não se baseava em “dados objetivos”.
Barbosa assumiu a posição um dia antes do homicídio da vereadora e do motorista Anderson Torres. O delegado foi preso no domingo, 24, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sob acusação de colaborar na organização do crime contra a vereadora, um plano atribuído aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.
Leia a nota de Braga Netto:
- Fonte: Jornal da Cidade Online