Em operação contra tráfico internacional, PF descobre que facção abriu até um banco
Nesta semana, a Polícia Federal iniciou a operação Oceano Azul, direcionada ao desmantelamento de uma rede dedicada ao tráfico internacional de entorpecentes e à ocultação de capitais, responsável por transações superiores a R$ 50 milhões nos anos de 2022 e 2023.
A ação ocorreu em diversos estados, incluindo Pará, Roraima, Amazonas, Ceará, São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Minas Gerais, com 15 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão.
Além dessas medidas, a justiça também emitiu 27 mandados para o bloqueio de bens e 15 para a interrupção de atividades empresariais, todos expedidos pela 4ª Vara Federal do Pará.
O início das investigações remonta a 6 de julho de 2022, data em que a polícia localizou uma tonelada de cocaína escondida em uma propriedade rural na cidade de Curuçá, no Pará.
Com o aprofundamento das investigações, a PF descobriu uma intrincada operação de transporte de cocaína para continentes como África e Europa, utilizando-se de embarcações pesqueiras com partida do Pará.
O esquema ilícito contava com a utilização de pessoas físicas e jurídicas fictícias para mascarar a origem dos rendimentos ilícitos. Um dos aspectos mais surpreendentes da operação foi a criação de um banco pelo grupo, como estratégia para "justificar" os lucros advindos do tráfico.
A denominação da operação, "Oceano Azul", foi inspirada em um dos barcos utilizados pela facção para a execução dos delitos.
- Fonte: Jornal da Cidade Online