URGENTE: Presidente de federação de futebol é preso
O presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, foi preso preventivamente nesta terça-feira (21).
Através da Operação Cartão Vermelho o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) desarticulou uma organização criminosa que desviava recursos da FFMS.
Segundo informações, sete pessoas foram presas e 14 imóveis foram alvos de busca e apreensão. Mais de R$ 800 mil em espécie foram apreendidos na casa de Cezário. O esquema de desvio de dinheiro durou 4 anos e meio e desviou mais de R$ 6 milhões.
De acordo com a investigação, a organização criminosa realizava saques frequentes em espécie de contas bancárias da FFMS, em valores inferiores a R$ 5 mil para não levantar suspeitas. Os valores desviados eram divididos entre os membros da organização. Havia também um esquema de desvio de diárias de hotéis pagos pelo Estado de MS para jogos do Campeonato Estadual de Futebol. As empresas parceiras da FFMS devolviam parte do valor dos contratos para os membros da organização criminosa.
O Gaeco afirma que a investigação durou 20 meses e que a organização criminosa atuava dentro da FFMS com o objetivo de desviar recursos para benefício próprio e de terceiros. O Ministério Público Estadual ressalta que a Operação Cartão Vermelho é um importante passo para o combate à corrupção no esporte em Mato Grosso do Sul.
A Operação Cartão Vermelho deve ter um impacto significativo no futebol de Mato Grosso do Sul. É possível que a FFMS passe por uma reformulação administrativa para evitar que novos desvios de recursos ocorram. A investigação do Gaeco ainda está em andamento e novas prisões e apreensões podem acontecer.
A FFMS recebeu R$ 11,5 milhões em verbas públicas nos últimos 15 anos, através de convênio com a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul). Francisco Cezário de Oliveira está no comando da FFMS há quase 28 anos. Ele foi eleito para o sétimo mandato em 2022, mas só deve ficar no cargo até 2027.
Quem são os investigados:
- Fonte: Jornal da Cidade Online