Militares presos queriam envenenar Lula, Moraes e Alckmin, diz a PF
A Polícia Federal revelou detalhes alarmantes do plano "Punhal Verde e Amarelo", elaborado por militares das Forças Especiais para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Segundo os documentos apreendidos, o grupo considerava métodos como envenenamento e uso de explosivos para executar os ataques.
No plano, Lula era identificado como "Jeca", Alckmin como "Joca", e um terceiro alvo, ainda não identificado, aparecia como "Juca". A morte de Lula, segundo o documento, tinha como objetivo desestabilizar o governo eleito, enquanto o assassinato de Alckmin poderia extinguir legalmente a chapa vencedora. Moraes, por sua vez, era considerado um "obstáculo" ao golpe e seria alvo de métodos mais agressivos, incluindo explosões em eventos públicos.
O general reformado Mário Fernandes, descrito como o “guardião” do plano, detalhou o armamento necessário, incluindo pistolas, fuzis, metralhadoras, lança-granadas e lança-rojetes. O plano aceitava "100%" de danos colaterais, considerando a morte de seguranças e até dos próprios executores como admissível para alcançar o objetivo de neutralizar os adversários políticos.
A operação deflagrada nesta terça-feira (19) resultou na prisão de cinco envolvidos, incluindo o general Fernandes, três militares especializados em Forças Especiais e um policial federal. As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Para a PF, o plano não só tinha características terroristas como também indicava um alto nível de organização e conhecimento técnico-militar. A neutralização dos principais líderes do governo eleito era parte de uma estratégia maior para facilitar um golpe de Estado e modificar o cenário político nacional.
Está mais do que claro que o "sistema" vai tentar envolver o ex-presidente Jair Bolsonaro nesse caso.
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- Fonte: Jornal da Cidade Online